Quando a última árvore tiver caído, o último rio tiver secado, quando o último peixe for pescado, vocês vão entender que o dinheiro não se come.

Greenpeace

I hope that God exists!

Ana Cristina Dias anadiasartist@gmail.com


segunda-feira, 22 de fevereiro de 2010

À Boleia



À Boleia, Acrílico sobre papel, 70x100cm, 2010
Colecção particular

No tempo em que os Reis governavam , faziam-se grandes festas nos luxuosos salões do palácio real, o Gato, mascote do Rei, percorria todos os compartimentos do majestoso edifício, menos nos aposentos e locais de trabalho da criadagem, isso não era sitio digno para gato do rei frequentar, com ele havia sempre um Carricero, a sua "aia", este pequeno pássaro nada fazia ao Gato, aproveitava-se da sua condição para passear por locais que jamais seria autorizado a fazê-lo desacompanhado e todos os dias enquanto o gato passava o seu pêlo pelos cortinados de veludo ele apanhava as migalhas deixadas nos tapetes persas no salão de chá.

sexta-feira, 19 de fevereiro de 2010

A Garça real




A Graça Real, Acrílico sobre papel, 100x70cm

Este quadro não vai ter uma história. À medida que ele foi crescendo tanto no papel como na minha cabeça, a Garça era a personagem má, opressora e ditadora, mas a pedido do meu filho, rendido ao olhar da triste ovelha pediu-me que a Graça o fosse salvar. Sendo assim não há história.

sexta-feira, 12 de fevereiro de 2010

O gato ao Luar



O Gato ao luar, Acrílico sobre papel, 70x100cm

Todos lhe chamavam o Lobisomem, mas não passava de um pachorrento e meigo bichano que só saía quando havia luar, era tão medroso que qualquer ausência de luz era suficiente para ficar em casa dias e dias. Vivia numa mansão que tinha a fama de ser habitada por fantasmas, diziam as pessoas da terra que há noite de lua cheia ouviam-se uivos e que as as sombras se mexiam. quando a lua dava sinal de si, o Gato ficava tão feliz que emitia mius sonoros e de tanta alegria corria tanto e tão rápido que só o rasto da sua sombra se via.

terça-feira, 9 de fevereiro de 2010

o Urso teimoso



o Urso teimoso, Acrílico sobre papel, 70x100cm, 2010

quadro dedicado ao meu pai

A selva estava a atravessar uma época terrível, nenhum bicho se lembrava de ver outra igual, a crise era tal que famílias inteiras partiam em busca de alimentos, só isso comandava as suas mentes, alimentarem-se. O velho urso teimava em permanecer, sentado esperava que melhores dias viessem, restava uma única couve que um dos bichos em fuga deixou cair sem dar por isso. Esperava sem nada fazer.

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2010



o sr Ladrão, Acrílico sobre papel, 70x100cm, 2010

Era mais do que certo, depois do almoço o Puma caía no sono, por sua vez o Gato ficava à espera , mais dois ou três minutos e era um sono profundo, só assim podia deliciar-se com as suculentas sobras da refeição do Puma. Duas sardinhas, melhor que nada! era paciente o bichano e também preguiçoso, só roubando conseguia manter o seu ar galante e conquistar todas as gatas do beco. Pensavam elas que ele mantinha uma vida de luxo e por isso roçavam-se no seu pelo enquanto soltavam sedutores ron rons .

terça-feira, 2 de fevereiro de 2010




O Colibri, Acrílico sobre papel, 70x100cm, 2010

Um dia uma semente veio arrastada pelo vento e caiu num terreno de erva verde , por acaso essa terra era onde a Anita costumava brincar e só por isso pensava que era sua, sendo assim também a flor o era. Por ali costumavam pastar dezenas de Antílopes, fartos de comer erva toda a vida passaram a olhar a flor como uma suculenta sobremesa, mas esta era religiosamente guardada pelo Colibri, este tinha que olhar por ela e sempre podia beber-lhe a seiva doce.
Certo dia,uma pequena distracção e a flor estava na boca de um dos Antílopes. Não restava ao pobre Colibri senão ouvir um duro sermão e esperar que o vento traga outra vez uma pequenina semente .